A Bunda ou o Coelho um conto filosófico
Ela está sentada no restaurante do aeroporto com seu pai e seus filhos/as.
Olhos brilhantes, maquiagem perfeita, corpo fino. Feliz mistura de oralidade e de histeria.
Primeiro ela chorava (imaginei que era por causa da disputa com seu marido), se queixando amargamente com seu pai impassível.
Ela não podia comer, desesperada.
Depois de um momento, ela se levantou para buscar comida no Buffet central.
Bunda generosa em um mini shorts vermelho vivo, justo, do melhor efeito.
Bunda rotativa colocada sobre salto alto, valorizada sublimemente, ponto de mira inevitável pela gente se restaurando, ode maravilhosa a Venus Calipígia.
Em seguida, na mesa, ela comeu pouco, sem mais contato com o pai e os filhos/as.
Teclando sem fim em um celular com orelhas, juro ! A cara iluminada.
Com sonhos possíveis de amor, de liberdade, de ... quem sabe?
Assim, passa no aeroporto a vida de um passageiro do vento, fascinado com um celular coelho e com a bunda pensativa brasileira.
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