Centro de Estudos Neo-Reichiano



Leitura do Corpo
Por Jean Marc
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Ela poderia passar despercebida tão miúdo é seu corpo e tão discreta ela é.

Mas seus olhos muito abertos (“grand ouverts”) chamam a atenção e repelem-na ao mesmo tempo.

Nem repousados, nem repousantes.

Com um estado de alerta.

Medo, atenção, indiferença se acotovelam sem parar.

A boca e sua expressão não se vêem tão o olhar domina o rosto e intriga ou fascina o observador.

O peito e a bunda são adolescentes, como ávidas de sentir a perturbação (“émoi”).

Os braços e as pernas cheiram a delicadeza.

Eis em breve um corpo juvenil que parece ter atravessado o tempo e o espaço,
preservado, intacto (talvez sem tacto).

Mas quando subitamente ela estoura de riso,
dir-se-ia uma cavalgada de cavalos selvagens, uma torrente de águas puras.

Além do olhar - misterioso, o que impressiona é a pélvis, centro de gravidade deste corpo.

Bem proporcional, parece um violoncelo que vibra facilmente, vivamente, simplesmente, digamos: naturalmente.

Transmitindo suas ondas às pernas e ao peito (quando o medo desaparece)
quando ela se sente fragmentada, dividida, ela fica desconsertada, paralisada.

Quando, a respiração é libertada, a carga da pélvis se espalha no corpo inteiro.

Ela vira graça, gozo, potência.

La chamaria ainda Beleza ou nova Eva.

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