Alma que sofres pavorosamente A dor de seres privilegiada Abandona o teu pranto, sê contente Antes que o horror da solidão te invada.
Deixa que a vida te possua ardente Ó alma supremamente desgraçada. Abandona, águia, a inóspita morada Vem rastejar no chão como a serpente.
De que te vale o espaço se te cansa? Quanto mais sobes mais o espaço avança...
Desce ao chão, águia audaz, que a noite é fria. Volta, ó alma, ao lugar de onde partiste O mundo é bom, o espaço é muito triste... Talvez tu possas ser feliz um dia.
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