Centro de Estudos Neo-Reichiano



Sobre a Sombra
Por Boadella
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O que é excluído da luz se mantém na sombra. A sombra é o duplo negro que escurece a luz. A sombra cria a ilusão de que não há Self, há apenas o ego. Nascemos na escuridão, morremos na escuridão, há apenas a passagem do vácuo para o vácuo. A sombra é a voz do desespero, a nuvem no coração, o medo e o tremor na beira da existência dos quais falou Kierkegaard. Essa sombra, como reconheceu Jung, não irá embora. Não podemos ignorá-la, esquecê-la ou negá-la. A luz sem sombra é uma luz artificial. O que cria a sombra é o bloqueio da luz. Tudo que pode ficar entre a nossa essência e a sua expressão na vida diária é a sombra. Vivemos muito de nossas vidas em eclipse. Mas a sombra precisa ser vista, ela tem fome de luz. Quando o que há na sombra é iluminado, ocorre uma sutil alquimia, o medo pode ser transmutado em excitação, a raiva furiosa, em trabalho criativo, a noite negra do desespero, no perfume sutil da esperança. Há algo mais. A sombra pode apontar o caminho: é um dedo apontando para o bloqueio que precisamos remover, um dedo apontando além do bloqueio para a luz que o bloqueio obscurece. Olhe na direção da sombra e você poderá localizar a posição do Sol, olhe para o comprimento da sombra e você poderá dizer a hora do dia.

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